Se você já fez uma consulta com um optometrista ou oftalmologista, muito provavelmente você já deve ter feito o exame de Acuidade Visual, pois faz parte do protocolo de atendimento visual.
Esse é um exame muito comum e é utilizado também na avaliação para a obtenção da carteira de motorista (CNH).
Mas afinal, o que é Acuidade Visual?
Acuidade Visual, conhecida pela sigla AV, pode ser definida como a capacidade do olho para distinguir detalhes espaciais, ou seja, identificar a forma e o contorno dos objetos em relação a distância.
De forma simplista, podemos dizer que a AV é a medida da resolução do olho. Assim como a resolução das câmeras fotográficas é medida em Megapixels, para o olho essa medida é em Acuidade Visual.
Do que depende uma boa Acuidade Visual?
Para que exista uma boa Acuidade Visual é necessário que as vias ópticas e neurais do sistema visual estejam preservadas.
Os meios transparentes do olho – Córnea, Cristalino, Humor Aquoso e Humor Vítreo – não devem apresentar alterações, para que assim, a luz possa atingir a retina sem nenhuma interferência.
Como deve ser Medida
A forma mais correta para medir a AV é no consultório optométrico ou oftalmológico, onde as condições de iluminação, distância e demais critérios são controlados.
É medida mostrando-se ao paciente uma tabela com letras, números ou desenhos de diferentes tamanhos e que se encontra a uma distância padrão pré determinada.
Normalmente é utilizada uma tabela que contém uma série progressiva de fileiras de letras e, o teste consiste em ler essas linhas de letras que vão diminuindo sucessivamente.
Cada linha da tabela ou tamanho de letra corresponde a uma fração, que representa uma Acuidade Visual. E cada olho deve ser testado separadamente.
Critérios que devem ser Analisados
Para que se possa ser medida, alguns critérios nos quais a Acuidade Visual é baseada, devem ser observados.
- Mínimo Visível: É a capacidade em determinar se um objeto está ou não presente em um campo de estímulos visuais. Refere-se ao contraste mínimo para que o objeto seja visível.
- Mínimo Perceptível: É a capacidade de perceber o objeto no espaço.
- Mínimo Separável: É o menor ângulo visual necessário para que dois objetos separados possam ser discriminados.
Helmholtz afirma que “o ângulo visual que permite que 2 objetos distintos sejam vistos separados é um ângulo de um minuto de arco, para uma AV normal”.
É a partir deste critério que mede-se a Acuidade Visual.
- Mínimo Legível: Mede a habilidade do paciente em reconhecer letras ou formas cada vez menores. O ângulo subentendido entre o menor optotipo reconhecido e a retina é a medida da AV.
- Glare: Degradação do contraste da imagem retiniana causada pela dispersão da luz dentro do olho, quando a luz passa pelos meios dióptricos. Ex.: Catarata, leucomas corneais, opacificações do corpo vítreo.
O que pode diminuir a Acuidade Visual?
A AV depende de fatores ópticos e neurais, ou seja, a nitidez do foco retiniano dentro do olho humano, a saúde e o funcionamento da retina e a percepção interpretativa do cérebro.
Uma das causas comuns que causam a baixa da Acuidade Visual são os erros refrativos – miopia, hipermetropia e astigmatismo.
Causas de erros refrativos incluem aberrações na forma do globo ocular, da córnea ou do cristalino.
Essas anomalias podem ser corrigidas principalmente por meios ópticos (como óculos, lentes de contato, cirurgia a laser, etc.).
Fatores neurais que limitam a acuidade estão localizados na retina ou no cérebro (ou o caminho que leva até lá).
Temos como exemplo toxoplasmose ocular e degeneração macular, para citar apenas dois.
Outro comprometimento comum é a ambliopia, causada pelo fato de o cérebro visual não ter se desenvolvido adequadamente na primeira infância.
Em alguns casos, a baixa AV é causada por lesões cerebrais, como por exemplo, lesão cerebral traumática ou derrame cerebral.
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