O que é o Nervo Óptico

Tempo de leitura: 3 min

Escrito por Tiago Zanette Silva

Nervo óptico

Há diversos detalhes no nosso corpo que fazem toda a diferença para o bom funcionamento do organismo.

Quando falamos da visão, uma peça chave para enxergarmos é o Nervo Óptico.

Nesse artigo vamos entender melhor o que é, as características, para que serve e como funciona o Nervo Óptico. Boa leitura.

O que é o Nervo Óptico?

A Luz ao atingir os pequenos fotorreceptores da retina (cones e bastonetes) é  transmitida ao cérebro através do Nervo Óptico.

As informações visuais captadas são enviadas ao lóbulo occipital do cérebro (parte de trás da cabeça) responsável por processar a informação visual.

Este nervo é formado pela reunião das fibras nervosas que nascem nas células ganglionares da retina

Todas as fibras da retina convergem para o disco óptico, atravessam a coróide e a esclera e constituem, ao emergirem do globo ocular, um cordão volumoso arredondado chamado Nervo Óptico.

Sendo assim, sua função é, basicamente, servir como um fio condutor entre  a retina do olho e o cérebro, onde as informações visuais são interpretadas.

O que causa Lesão no Nervo Óptico?

Sabemos que o Nervo Óptico, é essencial para a nossa visão, porém bastante sensível.

Dessa maneira, qualquer alteração em sua estrutura ou entorno pode causar alterações visuais.

A lesão a um Nervo Óptico, dependendo do local em que é atingido no seus caminhos para o cérebro, dará sinais diferentes e resultará em perda de visão.

Numa estrutura denominada quiasma óptico, cada nervo se divide e metade das suas fibras se cruza até o lado oposto.

Dessa maneira, devido a disposição anatômica do Nervo Óptico, as lesões que ocorrem no seu caminho até o Córtex Occipital, provocam padrões específicos de perda de visão.

Papilledema

Papilledema

Sendo assim, é possível determinar o lugar onde está o problema, baseado no padrão da perda visual.

Seja por inflamações ou até mesmo problemas hereditários, o ponto de maior atenção para deficiências nesse nervo é a falta de sintomas.

Por ser indolor, há certa dificuldade de compreensão, por parte do paciente, da existência de um problema, o que dificulta e atrasa o diagnóstico e até mesmo um possível tratamento.

Dentre as doenças que podem atingir o nervo, as mais comuns são:

  • A papilite (ou neurite óptica), uma inflamação que ocorre na extremidade do nervo óptico que entra no olho;
  • A neurite retrobulbar, que é a inflamação do segmento do nervo óptico localizado na parte de trás do olho, afetando um dos olhos;
  • A ambliopia tóxica, que é parecida com a neurite retrobulbar, mas atinge ambos os olhos;
  • O Papiledema, que é quando uma pressão elevada no cérebro faz com que o nervo óptico inche no ponto em que entra no olho.

As Vias Visuais - O caminho do Nervo ao Cérebro

Quiasma Óptico

Os sinais nervosos se movimentam ao longo do nervo óptico, que se origina no polo posterior do globo ocular de cada olho a aproximadamente 3 mm nasalmente e 1 mm inferiormente.

Deste ponto se dirige em direção ao Quiasma Óptico, passando primeiramente pela órbita, conduto óptico e penetrando na cavidade craniana, terminando no ângulo ântero lateral correspondente do Quiasma Óptico.

No Quiasma, os dois Nervos Ópticos se cruzam e metade das fibras nervosas de cada olho cruza para o outro lado. Devido a esse cruzamento das fibras, o lado direito do cérebro recebe informação do campo visual esquerdo dos dois olhos, e o lado esquerdo do cérebro recebe informação do campo visual direito dos dois olhos.

A partir do Quiasma as fibras da retina seguem em direção ao Trato Óptico. As fibras do Trato Óptico, por sua vez, fazem conexão com os neurônios do Corpo Geniculado lateral.

É no Corpo Geniculado lateral que se origina o conjunto de axônios que  constitui as Radiações Ópticas, que termina sua conexão sináptica com os neurônios do Córtex Visual primário.

Esta informação que chega ao Cortex Visual, à área 17, se dirige às áreas 18 e 19 também chamadas de áreas de associação visual ou perceptiva.

Prevenção e Cuidados

Como falado anteriormente. por ser indolor, há certa dificuldade de compreensão, por parte do paciente, da existência de um problema.

Como muitas doenças que afetam o nervo óptico não apresentam sintomas, é preciso manter a consulta com seu optometrista em dia.

Se você tem glaucoma, é ainda mais importante que faça controles regulares, pois se a atrofia no Nervo Óptico for causado pelo glaucoma, não há cura apenas tratamento para estagnar a perda de visão e nesse caso, deverá ser acompanhado pelo médico oftalmologista.

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